segunda-feira, 31 de março de 2014

     Após divagar bastante sobre com qual postagem eu começaria meu blog, resolvi começar por onde, normalmente, as pessoas começam: pelo início.
     Bem, meu nome é Rafael Berredo e sempre me questionei acerca de várias coisas que eu não via as outras pessoas se questionarem. Como bom aquariano, tenho uma mente bastante inquieta e indagadora e, não dificilmente, me pego em uma explosão de ideias e planos postos num papel na intenção de algum dia concretizá-los. Hoje mesmo me encontrava na iminência de começar a escrever e essa explosão me pegou. Mas sobre o que falar? Por qual assunto iniciar minha postagem? Fiz o que normalmente não costumo fazer. Sentei na minha cama, coloquei meu notebook do colo, dei um gole no meu suco detox de couve, laranja e gengibre e decidi que a melhor maneira de começar seria me apresentando a vocês.
     Tais explosões de ideias e planos me fizeram por diversas vezes abandonar empregos e cursos que, de início, acreditava serem o que eu precisava, mas percebia que não satisfaziam minhas expectativas. Comecei a fazer Direito e parei. Jornalismo e parei. Administração e parei. Acho que, enfim, me encontrei em Psicologia e não garanto que diga isso daqui três anos. Não que eu ache que todos esses cursos não me acrescentavam em nada. Pelo contrário. Em Direito aprendi a me calar quando necessário - não que eu sempre faça isso. Em Jornalismo aprendi a lapidar meu senso de humor, tanto ácido quanto escrachado. Em Administração não aprendi muita coisa que eu me lembre, mas com certeza há de ter me ensinado algo. Psicologia virou minha paixão, mas não a única e talvez por isso ainda não me sentia totalmente satisfeito.
     Nessas várias puladas de galho e cursos comecei a trabalhar em diversas áreas ligadas a cada um deles e percebi que há um certo glamour em preencher totalmente o seu dia com coisas que não acrescentam em nada à sua auto-satisfação. Nunca se esquecem das reuniões, das planilhas a preencher, das metas a cumprir. E pagam um preço alto por esquecerem do aniversário dos pais, das apresentações escolares dos filhos, de reconhecer a beleza das pequenas coisas e de perceber o valor de ser grato a tudo. Esse valor a ser pago é a felicidade.
     Percebi também que um dos preços a se pagar pelo glamour da agenda cheia é o fato das pessoas sempre se culparem por tudo o que acontece ao seu redor e resistirem ao máximo quando se trata de se auto-perdoar. Não, eu não queria isso pra mim. Não queria ser como alguns colegas de trabalho que derrubavam quem fosse necessário para ser promovido e ganhar um salário R$300,00 mais alto. É uma miséria de aumento comparado ao meu bem-estar mental, emocional e espiritual. Não queria ser refém da ditadura da fluoxetina. Não queria preterir meu convívio familiar em detrimento de nenhuma outra coisa.
    Me encontro hoje no auge dos meus 24 anos (sem piadinhas, por favor) e encontrei no blog uma forma de compartilhar com várias pessoas essa minha inquietude.
     São temas e abordagens variadas que passam pela arte, música, viagens, gastronomia, política, comportamento, fotografia e assuntos que necessitam de demasiada carga criativa da minha parte.
     Devido a essa agitação desenvolvi alguns hábitos estranhos, como sempre trocar o dia pela noite e pirar ao começar um projeto e não conseguir colocá-lo em prática. Pois bem: Eis-me aqui iniciando algo que, por perfeccionismo, sempre protelei.
     Por ter uma ideia de abordar diversos temas que me instigam, sei que muitos não concordarão com algumas das minhas posições em relação a diversos temas. Assumo esse risco na esperança de que me ajudem a acalmar as ideias e me dando outros pontos de vista, até então não enxergados por mim.
     Espero que a grande maioria se identifique com os textos, vídeos e reportagens aqui postadas e torço pra que um dia consigam encontrar essa felicidade que eu encontrei quando vislumbrei outros horizontes.

5 comentários:

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  2. Hahaha' Somos parecidos Rafa, eu também troquei de cursos várias vezes. Passei pela Aviação Civil (que é, e acredito que sempre será a paixão da minha vida), depois tentei Arquitetura, fiz um semestre inteiro de Engenharia Civil e hoje não sei bem porque estou na Psicologia. Abdiquei de a muitas coisas que eu julgava serem importantes e fundamentais pra mim naquele momento, mas não me arrependo e hoje estou feliz onde me encontro. Pode ser que as coisas mudem e que as minhas ideias, pensamentos e prioridades mudem, como já mudaram muitas vezes. Mas torço para que no futuro possamos nos orgulhar dos profissionais que nos tornamos. Que você tenha uma feliz caminhada, e que seu blog seja um sucesso!
    Letícia Luz.

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  3. amei vc escreve muito bem parece que nasceu pra isso . Parabens

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  4. Amei seu texto Berredo! Suas palavras me deixam com expectativa em ver as próximas postagens. Desejo um belo caminho com seu blog!

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  5. Ótimo texto e apresentação! Continue assim e com certeza continuarei te acompanhando!!Beijos.

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